Esta peça foi inspirada no vídeo: "Uma carta do inferno." Esta peça está à disposição de qualquer igreja gratuitamente. Além das fotos, para se ter ideia do cenário. Qualquer dúvida, estou à disposição.
1º Ato - Cena: Pai sentado no sofá, lendo jornal - Mãe arrumando a mesa para o café/manhã.
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Esposa: O café está pronto...
Esposo: Deixa aí que já vou
Esposa: Você vai à igreja?
Esposo: Não, hoje pela manhã não
Esposa: Você também não foi domingo passado, aliás, você não vai a quase dois meses na igreja...
Esposo: Não estressa mulher, estou cansado, tenho trabalhado muito. Afinal, alguém tem que trabalhar nesta casa!
Esposa: Com certeza (alterando um pouco a voz), alguém tem que trabalhar. Mas nada justifica você deixar de ir a igreja há quase dois meses. Pra mim é mais desculpas do que cansaço.
Esposo: No próximo domingo eu vou, pode falar para o pastor
Esposa: Eu falar... Já cansei de falar para ele isso... Faz o seguinte: Quando vc achar que Deus é mais importante do que seu “cansaço”, então vc vai. Vc não é nenhum leigo, vc sabe muito bem que isso é sinal de fraqueza.
Esposo: Vamos parar com essa conversa, já está enchendo minha paciência. Não estou na igreja, mas estou com Deus!
Esposa: Está com Deus?! É o seu caso? O que vc tem feito de sua vida? Quanto tempo vc não vai a igreja? Quando foi a ultima vez que vc orou ou até mesmo leu a bíblia? Aos domingos vc fala em descansar, mas acaba indo jogar bola com seus colegas. Onde está Deus em sua vida? Onde? Não precisa me responder... (Bebe café chateada)
Esposo: Fica tranqüila, estou acertando alguns detalhes lá no trabalho e acredito que em breve, vou ficar mais livre.
Esposa: Sabe qual o grande problema de crentes como você?
Esposo: Fala...
Esposa: É que vocês não levam DEUS a sério. Infelizmente, muitos de vocês só perceberão isso no inferno! Não esqueça: Muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos. Talvez vc esteja no grupo dos chamados e não dos escolhidos. Bom descanso meu marido... (Pega a bíblia e sai)
Esposo: Agora tenho que ficar ouvindo sermão de mulher (pensativo). Será que ela não entende que eu preciso descansar?
2º Ato - (Tomar café e depois Toca a campainha).
Colega: Fala meu camarada, Roberto, como vc engordou cara...
Roberto: Sabe como é... Casamento... Diz aí Renato. Que alegria tê-lo em minha casa. Em que posso ajudá-lo?
Colega: Eu não vou demorar... Estou passando por um momento muito difícil em minha vida. Sei que vc é cristão, já não sei o que fazer cara... As vezes penso que a morte seria a solução pra mim... Tudo dá errado cara! Entrei nas drogas, estou roubando... Eu não sei mais o que fazer... Não sei... (choro)
Roberto: Cara, a vida é assim mesmo... Momentos tristes, momentos alegres... Deixa eu pegar um pouco de água para vc. (sem graça)
Colega: Fui procurar um médico, e ele falou que estou passando por um momento de depressão... (deboche). Fala-me da sua igreja, fala-me desse Jesus. Vejo as pessoas felizes, talvez eu esteja precisando ir à igreja, sei lá.
Roberto: Toma aqui (água), cara depois a gente fala disso. Façamos o seguinte: Vamos falar do tempo de bagunça do colégio, do futebol, da galera...
Colega: (Fica olhando para ele) – Valeu, mas não tenho cabeça para isso. Qualquer hora a gente fala sobre isso, deixa eu ir...
Roberto: Que isso Renato, fica aí, vamos conversar?...
Colega: Eu lembrei que tenho que fazer uma coisa... desculpa, mas tenho que ir.
Roberto: Mas vê se aparece em cara... Não vai sumir (sem graça). É complicada esta situação... O que falar nessa hora? O que falar... (Pensativo). Vou aproveitar e descansar um pouco mais... (dorme - música).
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3º Ato (Entra a filha desesperada)
Filha: Pai, pai!
Pai: O que foi menina, o que aconteceu com sua mãe?
Filha: Nada pai, com a mamãe nada...
Pai: O que foi que aconteceu pra vc entrar assim, desse jeito, quase me matou de susto?!
Filha: Aquele seu amigo...
Pai: Que amigo?
Filha: Aquele seu amigo que estava aqui, o Renato...
Pai: Sim, sei... O que tem ele?
Filha: Ele bateu com o carro, pai, não sobrou nada do carro...
Pai: Não, não pode ser... Ele estava aqui quase agora. Ele falou que não estava legal, disse até que ia se... se matar, mas eu não acreditei! Por que eu não o ajudei?
Filha: Pai toma essa água, eu sei qual foi o hospital que levaram ele. Vamos!
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4º Ato (Cortina preta – entra Renato)
Renato: Que lugar e este? Que lugar e este? (Desespero e gritos) – (Aparece um homem vestido de preto).
Renato: Espere, quem é vc, me diga, onde estou? Onde estou?
Anjo do mau: Você está no seu pior pesadelo...
Renato: Como assim, pior pesadelo? Eu lembro que eu me joguei embaixo de um ônibus, queria morrer! Mas isso aqui, isso aqui é pior que qualquer coisa que um ser humano pode querer. Essas pessoas, sofrimento, desespero... Que lugar é esse?!
Anjo do mau: Esse lugar é o inferno!
Renato: Não, não pode ser... Eu nunca acreditei nesse lugar! Ouvi falar de Jesus, mas quando quis saber mais dele, o Roberto desviou de assunto...
Anjo do mau: Pode acreditar, este lugar se chama inferno, mas vamos falar baixo, os crentes não gostam de ouvir este nome. E quem não gosta de ouvir, não gosta também de falar. Quanto a Jesus... Para quê falar de Jesus se vc pode falar de futebol, novela, mulheres, filhinhos...
Renato: Quem são essas pessoas que estão me olhando? (Platéia)
Anjo do mau: Na realidade, elas não estão te olhando, eu que estou olhando para elas todos os dias, todos os instantes, buscando afastá-la de Deus. Assim como fiz com o seu amigo Roberto. Aliás, esta é a igreja dele... Estou de olho em cada um e quando menos esperam, eu os pego para mim.
Renato: Por que eu vim para cá? Sempre fui um cara legal, sempre ajudei as pessoas...
Anjo do mau: Meu jovem... Obra não salva... Vocês deveriam saber disso. Mas é claro, como que vocês vão saber se ninguém falar? (ironicamente). Não vou perder mais tempo contigo, tenho mais o que fazer... O seu nome não foi encontrado no livro da vida e vc será levado para as profundezas do inferno! (Sai)
Renato: Será levado? Não, não pode ser... Não pode ser! Eu não posso ficar aqui, não posso! (Gritos). Tenho que mandar uma carta para o Roberto, ele tinha que ter me avisado desse lugar, ele era o meu melhor amigo, ele tinha que ter me falado de Jesus...
Carta (Gravação)
Roberto, eu morri hoje, vc já deve está sabendo... Eu não agüentava mais tanta pressão sobre a minha cabeça; dívidas, drogas... Eu pensava que após a morte, só me restaria vagar pelo espaço, mas não é isso. Estou em um lugar chamado inferno, estou com muito medo, um medo que nunca senti em minha vida. Estou apavorado com tanto sofrimento, não somente eu, mas, milhões de pessoas que aqui estão... Pensei muito a respeito de minha vida e vejo que agora é tarde demais para mim. Disseram que meu nome não estava escrito no livro da vida e por isso, serei levado às profundezas do inferno. Por que vc não me falou desse lugar? Por diversas vezes estivemos juntos e vc nunca me disse desse livro da vida. Eu era seu melhor amigo, estou com tanto medo, eles virão me buscar, não tenho como fugir daqui... Por que vc não falou do céu? Por que vc não falou de Deus? Por quê? Eles estão chegando, eu não quero ir... não, não não!!!!
5º Último ato
Dois homens vestidos de preto levam Renato (abertura na cortina) e Roberto começa falar juntamente com ele: Não, Não.... Abre a cortina e tudo não passou de um sonho. Entra a esposa:
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Esposa: Roberto, Roberto acorda!
Esposo: O que aconteceu?
Esposa: Vc deve ter tido um sonho ou um pesadelo... vc estava gritando.
Esposo: Parecia tudo muito real... (Toca a campainha e a esposa vai abrir).
Esposa: Renato que surpresa...
Esposo/Roberto: Renato, vc voltou cara! (abraço forte)
Renato: Desculpa Roberto, eu acabei esquecendo as chaves do carro.
Esposa: Vou preparar o almoço... Almoça com gente Renato?
Roberto: Ele é meu convidado, almoça conosco?
Renato: Bem, sendo assim...
Roberto: Cara senta aí... Eu tenho a solução para seus problemas... Deixa-me falar de Jesus para vc. Mas antes, vou orar por sua vida. (Música e fim).
Personagens:
Esposo
Esposa
Filha
Renato
Anjo mau
Um homem de preto -
Cenário:
Sala comum com sofá e mesa de centro e uma mesa de café
Fotos da apresentação da peça no blog
Autor da peça: Edson dos Santos
Todos os direitos reservados ao povo evangélico
Autor da peça: Edson dos Santos
Todos os direitos reservados ao povo evangélico
