Reconheça que você está chamando ao Deus Todo-poderoso

E disse: Ah! SENHOR, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus?(2 Cr 20.6).

O primeiro passo que Josafá deu em direção à solução de seu problema foi reconhecer a quem estava recorrendo. O rei de Judá reconhecia que o Senhor a quem ele estava clamando era o Deus soberano no céu e sobre toda criação.

Para você ter uma ideia da grandeza de Deus, olhe para as estrelas e localize a constelação da Ursa Maior. Os astrônomos dizem que, por meio dela, podem localizar mais de um milhão de galáxias que se estima haver em todo o universo.

Josafá dever ter se lembrado das palavras do rei Davi, que disse: Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos (Sl 19.1).

Se estivesse no lugar de Josafá naquele momento, tendo sua nação ameaçada, você se recordaria dos gloriosos feitos de Deus ou tomaria alguma outra providência?

Para muitos, orar é sinônimo de pedir. Se a crise estivesse batendo à sua porta, a primeira coisa que eles fariam talvez fosse pedir que Deus destruísse o inimigo ou que os livrasse da ameaça dele. Mas o que Josafá fez? Ele se aproximou de Deus de maneira diferente: enalteceu o poder e a glória de seu Pai celestial, reconhecendo que Deus está acima de tudo e de todos.

Você acha que, ao mencionar o poder e os grandes feitos de Deus (2 Cr 20.6,7), Josafá estava tentando lembrar Deus de que Ele seria capaz de livrar Seu povo? Claro que não! Josafá estava firmando sua fé, lembrando a sim mesmo com quem estava falando e buscando o poderoso Deus para livrar Seu povo.

Em outras palavras, o cerne da oração de Josafá foi: “Senhor Deus, Amom, Moabe e Seir se levantaram contra mim. Por isso, peço-te que faças o que só Tu tens poder para fazer, pois já o fizeste outras vezes”.
Nenhum outro homem havia orado como Josafá antes. Em sua oração, ele se baseou em seu relacionamento com Deus (2 Cr 20.6,12-a), em vez de apenas clamar por livramento. Ele dá prosseguimento à sua oração, enaltecendo a soberania de Deus: Pois tu és dominador sobre todos os reinos das gentes, e na tua mão há força e poder, e não há quem te possa resistir (2 Cr 20.6).

Ao dizer na tua mão há força e poder, Josafá faz referência a um poder ativo, dinâmico, vivo, disponível e vital que já se manifestara outras vezes ao povo judeu.

O Deus a quem servimos tem poder ilimitado

Repita a frase neste subtítulo! Repita-a até essa poderosa verdade encher seu ser. Nosso Deus não conhece limites (GN 17.1).

Josafá sabia que o Senhor foi capaz de abrir o mar Vermelho para Seu povo passar (Êx 14.21); de alimentar os israelitas no deserto por 40 anos (Êx 1635); de mandar fogo do céu para destruir duas cidades impenitentes (Gn 19.24); de fazer um ferro flutuar em resposta à oração de Eliseu (2 Rs 6.5,6); de fazer uma jumenta falar (Nm 22.27-30); de consumir apenas o holocausto de Elias, mostrando aos falsos profetas quem era o verdadeiro Deus (1 Rs18.23-38); de fender um leão de alto a baixo pelas mãos de Sansão (Jz 14.5,6); de pôr um grande número de filisteus parra correr apenar com um homem e seu escudeiro (1 Sm 14.12-16); de proteger Sadraque, Mesaque e Abede-Nego da fornalha aquecida sete vezes mais (Dn 3.20-26); de fechar a boca dos leões em uma cova para guardar Daniel (Dn 6.16-21); e de realizar tantos outros milagres.

As doenças e deficiências também não têm vez para Deus. Por onde Jesus passava, dava visão aos cegos, audição aos surdos e voz aos mudos, além de expulsar demônios dos cativos e trazer salvação a muitos. Até a natureza obedece à voz do Senhor. Nada pode resistir-lhe.

Em sua oração, é como se Josafá estivesse dizendo: “Senhor, sei que Tu podes. Sei que farás. Estou certo de que livrarás Teu povo Sei que não é pela força humana que podemos derrotar o inimigo e que não importa o tamanho do meu exército, ou do exército dos meus inimigos, pois Tu mostraste a Israel muitas vezes que, mesmo nossos inimigos tendo exércitos mais poderosos, eles podiam ser derrotados se Tu pelejasses conosco contra eles. Logo, não venho a Ti para Te pedir um exército maior, mas um livramento vindo de Ti”.

Pense nisso!

Adote essa mentalidade em meio à crise e aos problemas que você está enfrentando neste momento.

Não será mais dinheiro o que resolverá os seus problemas financeiros, mas a bênção e o poder de Deus sobre o que você já tem, ainda que seja pouco.

A resposta à cura de um câncer não está em um tratamento mais caro ou em remédios mais eficazes ministrados ao enfermo, mas no poder de cura de Jesus Cristo [que pode agir no organismo deste curando-o imediatamente ou fortalecendo-o, a fim de que o tratamento quimioterápico funcione].

Josafá sabia a quem estava pedindo livramento. Conhecia a grandiosidade do poder de Deus. Em sua aprovação, Josafá, como o grande líder que era, manteve a calma. O medo o levou a fazer não uma oração desesperada, mas uma oração sincera, de quem conhecia exatamente o Deus ao qual suas petições estavam sendo dirigidas.
Ao glorificar o Criador e enaltecer Seu poder, a fé de Josafá começou a aproximá-lo mais do coração de Deus. Quando, então, o rei fez sua petição, a voz de sua fé falou muito mais alto do que a de um simples anseio, o que liberou o livramento das mãos do Todo-poderoso.

Esta é a chave que lhe dá acesso ao coração do Pai: reconhecer que você não está recorrendo a qualquer um, mas ao Deus que criou os céus e a terra e que tem poder sobre toda a Sua criação (Gn 1.1). Logo, ao orar, você não deverá mecanicamente recitar uma fala decorada, uma reza. Deverá [com reverência e sinceridade] comunicar-se com o Ser mais poderoso nos céus e na terra, o Todo-poderoso Deus em pessoa. Dê esse primeiro passo rumo à sua vitória; assim, firmará seu alicerce para começar a ter suas orações respondidas.

Este texto foi retirado do livro Sete passos para a vitória pessoa, de Morris Cerullo.
 
Fonte: http://www.editoracentralgospel.com
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